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O que mata mais, o Medo ou um Vírus

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Ontem coloquei a questão: O que mata mais, o Medo ou um Vírus?

Houve pouca participação e, salvo raras excepções, as respostas foram tímidas e pouco incisivas. Ora isso, revela MEDO.

Comecemos pelo princípio e talvez com aquilo que considero ser uma boa notícia. O MEDO NÃO EXISTE. Sim, o medo não existe. O medo é uma expectativa que se coloca sobre algo que ainda não aconteceu, é o que se pode chamar sofrer por antecipação. Ora, se ainda não aconteceu, então não existe e se não existe é somente fruto da nossa imaginação. Não é uma boa notícia?

Então porque temos medo? Se observarmos os animais, eles têm medo? Sim, têm medo instintivo, medo no momento exacto em que qualquer situação surge. E mantêm esse medo? Não. No momento seguinte já “abanam a cauda” como se nada tivesse acontecido.

Então porque temos medo? Temos medo, porque alguém que não conhecemos de lado nenhum, nos diz para termos medo. Nós temos a tendência para dizer que “a mim ninguém me diz o que tenho, ou não, que fazer”. Mas assim que o pivot da televisão, um qualquer político, um médico, alguém da nossa vizinhança nos traz uma má notícia, o medo instala-se ao ponto de fazermos o que quer que seja para não sofrer. O problema é que nesse preciso momento o que está a fazer é deixar de ser você próprio para passar a ser aquilo que os outros querem que seja. Ou seja, perdeu toda a sua identidade e passou a sofrer por antecipação. Se aconteceu com os outros, vai acontecer comigo. Sim, pode ser, mas, também, pode não ser!

Se o medo individual provoca tantos estragos, imagine-se o medo colectivo!

O medo provoca ansiedade e a ansiedade provoca stress. O stress liberta cortisol, que, entre outras substâncias, bloqueia, diminuindo, o sistema imunitário. Um sistema imunitário fraco não consegue combater os sintomas da doença que, entretanto, se manifestou. E ao não conseguir combatê-los, gera um caos no organismo que muitas vezes leva à morte. A causa, não é, portanto, de um qualquer vírus, mas sim do MEDO.

Ao criar stress, o medo provoca problemas no sistema cardiovascular e respiratório, entre outros. Basta ver o que acontece quando sentimos medo, quando apanhamos um susto. Imediatamente o nosso coração dispara e ficamos sem respirar. E quanto mais crónico é o medo, mais fraco fica o sistema imunitário e por isso mais rapidamente o organismo entra em colapso e como consequência a pessoa morre.

A primeira causa de morte em todo o mundo é devida a problemas cardiovasculares e a terceira é devida a problemas respiratórios, sendo a segunda devida a cancro, que na minha opinião, é, também, uma consequência do excesso de stress e, por isso, do excesso de medo.

Não são estas doenças, para além da idade avançada, que contribuem para um maior número de mortes atribuídas ao Coronavírus? E porquê a idade avançada? Já pensou que enquanto somos novos, nada nos aflige. Somos fortes e corajosos, não pensamos na morte, não temos medo da morte, até porque todos os dias a enfrentamos com a vontade de descobrir e de aprender e até ao querermos mostrar aos outros, aquilo que somos capazes de fazer.

Quando vamos envelhecendo, para além do nosso corpo ir ficando mais desgastado, vamos tendo a consciência de que estamos a caminhar para algo que nos é desconhecido, a morte. Isso gera-nos um medo enorme, uma expectativa horrível. Por isso, nessa altura, o medo de morrer está presente na saúde e na doença. Basta um susto grande para bloquear todo o sistema.

Outra boa notícia, a morte não é o fim de nada. A morte é somente o “descanso do guerreiro” para uma nova experiência de vida. É, finalmente, podermos reflectir sobre o que foi a nossa experiência de vida. É algo tão bonito como o nosso nascimento. Alguém se lembra de ter tido medo ao nascer? Sabia, conscientemente para o que vinha? O que iria enfrentar? Então para quê ter medo da morte? É somente o termo que gera medo, nada mais, porque esse termo foi-nos ensinado por alguém que já tinha medo e esse medo apoderou-se também de nós.

Hoje em dia temos pouco poder sobre nós próprios, porque temos “orelhas grandes”. Ouvimos demasiado de pessoas que não conhecemos de lado nenhum como se fossem profetas. Basta um diagnóstico para nos fazer sentir que vamos morrer. Basta uma notícia para nos fazer sentir que o mundo vai acabar. Basta um político dizer que se não votarem nele vem aí a fome e a pobreza ou outra fatalidade qualquer.

E eu digo BASTA. Porque tudo aquilo que nos dizem, nada mais são do que expectativas sobre algo que ainda não aconteceu. Ah, sim, mas é provável que possa acontecer, dizem em uníssono! Lá vem a estatística! Aquela que diz que se eu comer dois bifes e o outro não comer nenhum, comemos em média um bife cada um, mas na realidade há sempre alguém que fica sem o bife. Uma tendência não é uma certeza. O que gatilha qualquer tendência, é pessoal e intransmissível, nada tem a ver com a totalidade, mas sim com a individualidade. Somos seres individuais, únicos e irrepetíveis. Pensamos e agimos de forma totalmente diferente uns dos outros. E isso, meus amigos, faz de nós autênticas obras de arte. E as obras de arte, quando cuidadas, não se estragam. Permanecem “lindas de morrer”.

Por isso, libertem-se de tudo aquilo que não existe, começando pelo medo. Façam da vossa vida uma coisa linda de morrer. Vejam menos televisão, oiçam menos os outros, confiem na vossa intuição, descubram-se dentro de vós e não queiram ser iguais a todos os outros, nem seguir os passos de todos os outros. Sejam diferentes, ou melhor, sintam-se diferentes, até porque a qualidade está na diferença.

E sobretudo SEJAM FELIZES

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